Brasil é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA
Marco histórico reforça sanidade da pecuária nacional e abre novas portas no mercado internacional
O Brasil conquistou, nesta quinta-feira (29), o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, realizada em Paris. O reconhecimento internacional marca um avanço técnico e sanitário de décadas na pecuária brasileira e é um passo estratégico para a ampliação de mercados exigentes em biossegurança.
A decisão da OMSA confirma o reconhecimento feito pelo governo federal em 2023 e representa o ápice de um esforço conjunto entre estados, produtores rurais, federações e o setor público, conforme previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), iniciado em 2017.
Lideranças do setor agropecuário acompanharam a decisão na capital francesa, entre elas João Martins (presidente da CNA), a senadora Tereza Cristina (vice-presidente da FPA) e Marcelo Bertoni (presidente da Famasul). Para a CNA, o novo status reforça o comprometimento do Brasil com a sanidade do rebanho e com a excelência dos produtos de origem animal, valorizando a imagem do país junto a mercados como Estados Unidos, União Europeia e Austrália.
Ao longo de uma década, o Brasil conduziu estudos soroepidemiológicos que comprovaram a ausência de circulação viral, permitindo a retirada gradual e segura da vacina. Ainda assim, o país manterá a vigilância ativa, com papel fundamental dos pecuaristas na notificação imediata de qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).
Segundo a Famasul, esse reconhecimento consolida o Mato Grosso do Sul e o Brasil como players globais preparados para atuar com sanidade, rastreabilidade e sustentabilidade. A federação também destacou o protagonismo dos produtores e técnicos que, desde o início do combate oficial à doença em 1950, têm atuado para erradicar a aftosa do território nacional.
Com informações: Agência Brasil
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