A genética Girolando, reconhecida por unir produtividade e rusticidade no ambiente tropical, vive um novo ciclo de expansão na pecuária leiteira brasileira. O uso de sêmen da raça cresceu 12% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, ultrapassando o avanço anual de 9% registrado em 2024.

O crescimento reforça a importância do Girolando na base do rebanho leiteiro nacional, especialmente entre produtores que buscam eficiência produtiva, resistência ao calor e resultados econômicos consistentes. A tendência será um dos eixos centrais do 3º Congresso Internacional de Girolando, que será realizado de 12 a 14 de novembro, em Uberlândia (MG). O evento reunirá criadores, técnicos e pesquisadores de diversos países para discutir inovações em melhoramento genético, tecnologia reprodutiva e sustentabilidade na pecuária de leite tropical.

Resultado do cruzamento entre as raças Holandesa e Gir, o Girolando representa o equilíbrio ideal entre alta produtividade de leite e adaptação ao clima quente e úmido. Essa combinação genética permite maior longevidade, fertilidade e persistência de lactação, que são fatores decisivos para o desempenho de pequenos, médios e grandes sistemas de produção.

De acordo com Edivaldo Ferreira Júnior, coordenador técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), a valorização do material genético é consequência direta da incorporação de novas tecnologias no campo.

“Hoje, o melhoramento da raça é pautado em ferramentas de seleção genômica, inteligência artificial e avaliações multirraciais, o que garante precisão nos índices e mais confiança para o produtor na hora de investir”, explica.