Reciclagem animal ganha destaque em documento internacional sobre sustentabilidade da pecuária
Um documento global lançado recentemente, intitulado Princípios e Ações Comuns para a Produção Pecuária Sustentável, reconhece a reciclagem animal como um dos pilares para a transição do setor rumo a um modelo mais circular e de baixo impacto.
A publicação, elaborada por organizações internacionais com participação da World Renderers Organization (WRO) — da qual a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) faz parte — reúne compromissos para tornar a pecuária mais eficiente, inovadora e alinhada às exigências de segurança alimentar e preservação ambiental.
Segundo o texto, a reciclagem animal representa uma prática essencial ao reduzir desperdícios, reaproveitar nutrientes e oferecer destino seguro a milhões de toneladas de subprodutos da cadeia de proteína animal. Esse processo gera proteínas, gorduras, fertilizantes e energia renovável, ao mesmo tempo em que evita riscos sanitários, diminui emissões de gases de efeito estufa e reduz a pressão por novas áreas de terra e água.
Outro ponto central do documento é a exigência de métricas claras e padronizadas para mensurar emissões, consumo de recursos e benefícios socioambientais. Essa abordagem é considerada estratégica para ampliar a credibilidade da pecuária junto a governos, consumidores e investidores, além de fortalecer políticas públicas e relatórios de ESG.
O texto também ressalta a necessidade de inovação constante, com apoio da ciência e da tecnologia para garantir resiliência climática e eficiência produtiva. Nesse contexto, a reciclagem animal aparece como elo entre tradição e inovação, reforçando sua contribuição à bioeconomia circular.
Para a ABRA, a inclusão do tema em uma agenda internacional desse porte representa um reconhecimento relevante. Em nota, o presidente do Conselho Diretivo da entidade, Pedro Bittar, afirmou que o setor comprova ser possível transformar desafios ambientais em soluções de valor, colocando o Brasil em posição de protagonismo no avanço da bioeconomia circular.
Com informações: ABRA Ascom
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