Pesquisadora da Embrapa é a primeira brasileira a receber o "Nobel da agricultura"
A cientista Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, conquistou um marco histórico ao se tornar a primeira mulher brasileira a receber o Prêmio Mundial da Alimentação 2025 (World Food Prize), reconhecimento internacional considerado o “Nobel da Agricultura”. A premiação foi anunciada durante o Diálogo Internacional Norman E. Borlaug, realizado em Des Moines, nos Estados Unidos — um dos eventos mais prestigiados do mundo sobre segurança alimentar e inovação agrícola.
Com mais de quatro décadas de atuação científica, a pesquisadora é referência global em pesquisas sobre inoculantes biológicos — tecnologias que substituem parte dos fertilizantes químicos e promovem ganhos expressivos de produtividade com menor impacto ambiental. Seu trabalho vem transformando a agricultura tropical, fortalecendo práticas sustentáveis e ampliando a eficiência da produção de grãos no Brasil e em diversos países.

O reconhecimento internacional coloca a Embrapa e da ciência brasileira no cenário de construção de uma agricultura mais sustentável. “A trajetória da pesquisadora sintetiza o compromisso do Brasil com a produção de alimentos de baixo carbono, baseada em ciência, inovação e inclusão produtiva”, destacou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura, Cleber Oliveira Soares, que representou o país no evento.
A presidente da Fundação World Food Prize, Mashal Husain, destacou que o legado de Mariangela está em sintonia com os ideais de Norman Borlaug, criador do prêmio e vencedor do Nobel da Paz de 1970. “Ela traduz conhecimento em soluções práticas para o agricultor, contribuindo de forma direta para a segurança alimentar mundial”, afirmou.
O World Food Prize foi criado em 1986 para homenagear personalidades que contribuem de forma decisiva para o combate à fome e para o desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis.
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