CNA responde acusações dos EUA contra o Brasil
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enviou ao governo dos Estados Unidos, na última sexta (15), respostas técnicas à investigação aberta contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio americana. O processo apura supostas “práticas desleais” e pode resultar em sanções unilaterais. Os EUA são o terceiro principal destino das exportações agropecuárias brasileiras.
Na manifestação, a CNA apresentou dados e fundamentos legais para rebater três pontos levantados: tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal. Sobre tarifas, destacou que os acordos firmados pelo Brasil representam apenas 1,9% das importações e não prejudicam os EUA. Em relação ao etanol, argumentou que a política tarifária brasileira é transparente, não discriminatória e alinhada à OMC. Já no tema ambiental, reforçou que o país possui legislação avançada, sistemas de monitoramento e rastreabilidade da produção.
A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, afirmou que a defesa comprova a competitividade e a legalidade das práticas do agro brasileiro. Ela ressaltou que o setor confia em um comércio internacional baseado em regras claras e destacou a importância da cooperação com os EUA em áreas como bioenergia e descarbonização. A CNA pretende participar presencialmente da audiência pública sobre o tema em setembro.
“A CNA, que representa mais de 5 milhões de produtores rurais brasileiros, tem confiança de que a investigação americana comprovará o compromisso, não só do agro, mas de toda a economia brasileira, em um comércio internacional justo, transparente e baseado em regras claras”, afirmou Sueme.
Com informações da CNA
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