Tecnologias digitais transformam os sistemas integrados de produção
Hoje no Brasil são mais de 17 milhões de hectares cultivados no sistema Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que alia aumento da biodiversidade, eficiência produtiva, rentabilidade e bem-estar animal.
O próximo salto para o fortalecimento desse modelo está na adoção de tecnologias digitais. Soluções como sensores, internet das coisas (IoT), georreferenciamento e análise de dados em tempo real estão permitindo sistemas integrados mais inteligentes e competitivos.
Um exemplo prático é o monitoramento animal por sensores e IoT. A coleta de dados em tempo real sobre saúde, localização, temperatura e atividade dos animais possibilita a detecção precoce de doenças, o acompanhamento do cio para melhorar índices reprodutivos e o controle do bem-estar animal.
De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, especialista em pecuária de precisão na Embrapa, a tecnologia está revolucionando a produção pecuária dentro dos sistemas integrados:
“Quando aplicamos sensores de monitoramento animal, georreferenciamento de pastagens e análise de dados, criamos sistemas capazes de gerar solos mais férteis, maior sequestro de carbono e uma pecuária que conversa diretamente com a agricultura sustentável”, afirma.
Pesquisas recentes mostram que a adoção de tecnologias digitais em áreas de ILPF aumenta a matéria orgânica do solo e potencializa o sequestro de carbono, superando os resultados de modelos convencionais.
A expectativa é que, até 2030, a pecuária de precisão se torne indispensável para propriedades rurais que desejam manter competitividade e sustentabilidade em seus negócios.
Esses avanços estão detalhados no livro Agricultura de Precisão: um novo olhar na era digital, disponível gratuitamente para download no site da Embrapa, que dedica uma seção exclusiva às tecnologias aplicadas aos sistemas integrados.
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