O sistema de confinamento segue ganhando espaço na pecuária de corte brasileira. Segundo levantamento recém-divulgado do Censo de Confinamento 2025, a projeção é de que o país alcance 8,53 milhões de bovinos confinados neste ano, volume 7,1% maior em comparação a 2024. O resultado confirma a tendência de intensificação e o papel estratégico do confinamento para atender a demanda por carne com regularidade e eficiência.

Entre os estados com maior representatividade, o destaque é o Mato Grosso, que deve confinar mais de 2,1 milhões de animais, alta de 23,5% frente ao ciclo anterior. São Paulo aparece na sequência, com 1,34 milhão de cabeças (+3,8%), seguido por Goiás (1,1 milhão, -1,5%), Mato Grosso do Sul (957 mil, +6,7%) e Minas Gerais (740 mil, -7,2%). Somados, esses cinco estados respondem por mais da metade do total nacional.

Paralelamente ao censo, o Tour de Confinamento 2024 avaliou o desempenho de propriedades em sete estados e reforçou os ganhos produtivos do sistema intensivo. Nos lotes acompanhados, os animais alcançaram em média 8,23 arrobas de ganho em 100 dias, saindo de 12,7 arrobas para 21,17 arrobas no período. A rentabilidade (ROI) média registrada foi de 15,18%, chegando a ultrapassar 26% em algumas fazendas.