Embrapa Pecuária Sudeste lidera pesquisas em sustentabilidade e inovação para o campo
Reconhecida como referência nacional em pesquisas voltadas à pecuária sustentável, a Embrapa Pecuária Sudeste tem buscado por soluções que conciliam produtividade, bem-estar animal e preservação ambiental. Sediada em São Carlos (SP), a Unidade da Embrapa se tornou pioneira em medir as emissões de gases de efeito estufa da produção pecuária e em desenvolver tecnologias capazes de mitigar os impactos das mudanças climáticas, promovendo sistemas de baixo carbono, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
Os trabalhos abrangem áreas diversificadas e multidisciplinares, que vão da biotecnologia animal e vegetal ao melhoramento genético, nutrição e saúde animal, além de aspectos ambientais da pecuária. Essa atuação integrada tem como objetivo entregar à sociedade carne, leite e couro de qualidade produzidos de forma sustentável, em consonância com várias metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
Além de conduzir estudos robustos sobre o balanço de carbono desde o início dos anos 2000, a Unidade foi pioneira ao mensurar os gases emitidos pelos bovinos, como o metano e o óxido nitroso, e também ao contabilizar a remoção de carbono nos solos e em sistemas florestais. Esses resultados servem de base para a formulação de políticas públicas e para orientar a pecuária brasileira para uma produção mais eficiente e responsável.
Mais recentemente, a Embrapa Pecuária Sudeste ampliou sua fronteira de atuação ao assumir a liderança da Rede Space Farming, voltada ao desenvolvimento da agricultura espacial. Estudando o cultivo de plantas fora da Terra, mas também gerando conhecimento e tecnologias aplicáveis à produção no planeta.
De acordo com o chefe-geral da Unidade, Alexandre Berndt, os próximos desafios envolvem garantir segurança alimentar e ampliar a produção sustentável em cenários de mudanças climáticas. Para ele, cada avanço tecnológico tem reflexo direto na eficiência dos sistemas de produção. “Quando adotamos tecnologias para produzir mais com menos insumos, utilizando de forma racional água, terra, fertilizantes e ração, contribuímos para reduzir as emissões e aumentar a sustentabilidade da agropecuária”, afirma.
Comentários: